2010-03-29

Estou MESMO a gostar de viver na minha casa nova!

Acho que não fui mesmo feito para viver em apartmentos.
O sossego e o silêncio são absolutos. Só agora é que percebo que dantes nunca tinha realmente silêncio à minha volta.
A M. deixou de acordar de noite. Tem tido umas noites muito tranquilas.
O chegar a casa, com o lugar à espera para estacionar. Sair de manhã com o barulho dos pássaros.
E isto tudo sem estar isolado, num bairro onde me sinto perfeitamente seguro.

Recomendo vivamente a quem não tem um feitio urbano.

2010-03-21

Futebol é violência?

Quando envolve o FC Porto a resposta é quase sempre sim.
Aliás, a filosofia dos adeptos do FC Porto parece ser: "ou nos deixam ganhar ou levam porrada". E como esta época o FC Porto já leva 11 pontos de atraso a porrada começou logo na viagem do Porto para o Algarve. Até parecia que já estavam a adivinhar o resultado final do jogo.

Mas nada disto me surpreende nos adeptos de uma equipa capitaneada por Bruno Alves.
No jogo desta noite, só a muito tendenciosa arbitragem de Jorge Sousa, o salvou da expulsão, tantas e tão variadas as agressões que praticou.
Também Raul Meireles não devia ter chegado ao fim do jogo ... Jorge Sousa fingiu que não viu, mas eu vi bem as pisadelas a jogadores caídos em pelo menos duas ocasiões.

Esteve brilhante o Benfica, a jogar bem, a controlar todo o jogo, com confiança, e sem entrar no jogo das picardias que os jogadores do FC Porto tentaram jogar para esconder a sua falta de qualidade.
Um 3-0 bem merecido e o primeiro título da época!
Viva o Benfica!

2010-03-14

Mudança - Dias 4 a 15 - De volta ...

A partir do terceiro dia, e sem uma ligação de jeito à net, uma vez que estava em casa emprestada, o cansaço foi mais forte que a vontade de fazer posts.
Nestas duas semanas fiz mais de 800Km em viagens Alverca-Arruda e Arruda-Alverca. Perdi a conta aos caixotes que enchi, transportei e despejei ... e não estive sózinho na maior parte do tempo, num domingo chegámos a ser 6 pessoas a trabalhar ao mesmo tempo.

Mas agora já (quase) tudo passou. Ainda há algumas caixas e sacos por aí, mas já se consegue andar sem tropeçar em nada. Também evito lembrar-me da quantidade de "tralha" que ainda está na garagem de Alverca.

De qualquer modo, e porque já cá dormimos a noite passada, a data oficial da mudança fica com a data 13 de Março de 2010.

2010-03-02

Benfica - Marselha

Já cá canta o bilhete!
E não foi fácil, o estádio vai estar cheio!

Mudança - Dia 3

Enche caixotes, leva para os carros, guia de Alverca para Arruda, descarrega os carros, despejar os caixotes (quase todos) para os voltar a utilizar, volta para Alverca e começa de novo.
Hoje foram duas viagens, num total de mais de 30 caixotes.
Felizmente os livros já foram quase todos,e os caixotes estão a ficar mais leves.
O escritório já foi quase todo, começámos o quarto da M., falta a sala até 6ª feira, o resto pode ser para a semana.

2010-03-01

Mudança - Dia 2

Manhã produtiva: 14 caixotes foram enchidos, transportados e despejados.
Tarde/Noite nem por isso: enchemos só 10 caixotes, porque chegámos à parte em que não é só despejar dos móveis para os caixotes, é preciso tomar decisões, arranjar, escolher, acondicionar, até ser colocado num caixote ... e isso demora tempo.

Os móveis vão ser mudados na 6ª, até lá é uma corrida contra o tempo!

2010-02-28

Mudança - Dia 1

Duas carrinhas levaram os caixotes todos que enchemos ontem, mais a árvore de Natal, o mini-sofá e a rena de baloiçar da M.
A seguir ao almoço, a M. ficou a fazer a sesta com os avós e andámos a varrer o sotão e a limpar as prateleiras das estantes novas (ficaram mesmo catitas) e já despejámos para lá os caixotes todos de livros que já tinhamos levado antes.

Foi um dia light como ontem, mas eu às tantas já andava em t-shirt e tinha as pernas bambas de acartar os caixotes pelas escadas acima.
À bocadinho, na brincadeira com a M. deitei-me em cima da cama a fingir que ia dormir... e adormeci mesmo.
Estas semanas vão ser MESMO duras ...

2010-02-27

Mudança - Dia 0

Muita chuva e uma ventania brutal!
Fechados em casa a encaixotar coisas, mas com a M. à nossa volta não dá para fazer muito.
3 caixotes de DVDs (só ficam a faltar os da M. que ela não nos deixou guardá-los)
2 caixotes com livros
2 caixotes com jogos e brinquedos da M.
1 caixote com CDs
3 caixotes com as revistas de culinária e de lavores da MJ.

A este ritmo nunca mais acabamos isto ... a partir de 2ª vai ser a eito.

2010-02-19

Made in ONG

Eu ainda não percebi se as pessoas se envolvem em ONGs já a pensar em usá-las como salto para a política, ou se é depois de lá estarem e começarem a ganhar algum espaço na comunicação social que pensam que o próximo passo é entrar na política.
Seja como for, é má ideia!
O trabalho de uma ONG é a um nível micro, da preocupação com o detalhe, com resolver um problema pessoa a pessoa, enquanto a política é uma actividade a nível macro, onde um problema de uma, dez ou cem pessoas não pode ter impacto nos dez milhões que somos.
Para além disso, quando uma destas figuras made in ONG se põe em bicos dos pés para tentar entrar na política, traz consigo não uma notoriedade pessoal, mas a notoriedade dessa ONG, que dirige ou fundou, mas que na realidade foi construída com o trabalho (muitas vezes voluntário) de muitas pessoas. Pessoas essas que podem não partilhar as suas ideias políticas, e que obviamente se sentirão traídas ao ver o fruto do seu trabalho voluntário usado para um fim diferente daquele no qual se empenharam.

Eu achava o Dr. Fernando Nobre mais inteligente do que esta sua candidatura a Belém parece indicar. Assim de repente, não me lembro de nenhum candidato à Presidência da República com um perfil tão desadequado à função. Até Manuel João Vieira estava mais preparado para lidar com os políticos portugueses!

2010-02-09

Eu avisei...

... alguns Sportinguistas quando ficaram todos eufóricos com a compra do João Pereira. Disseram-me que era só inveja, e que ele se portava mal era no Benfica.
Olhem para mim todo invejoso agora!

2010-02-08

Acabei de ver na RTP2 ...

... o ex-ministro da Economia a ajustar contas com a história.
O ministro que saiu pela porta pequena, vem finalmente pôr os pontos nos is, e dizer com todas as letras o que já desconfiávamos: Quando começou o ciclo eleitoral este governo mandou o controlo orçamental às urtigas, e usou a crise internacional como escudo para esconder o buraco financeiro que estava a criar.
Eu aplaudo de pé... e só tenho pena que ele não tenha vindo falar antes das eleições.

2010-02-06

Pela minha palavra de honra

Li hoje a notícia de uma família que enterrou viva a filha de 16 anos porque esta desonrava a família ao ter amigos rapazes. Isto passou-se numa zona remota da Turquia, mas, pondo de lado o medievalismo, extremismo e desumanismo dos contornos deste caso, o contraste com a situação do nosso país faz-me sentir uma certa nostalgia de uma sociedade onde a honra ainda signifique alguma coisa.

Por estes dias, em Portugal, o que importa não é o que se fez, mas o que pode ser provado em tribunal. Usa-se a forma para fazer esquecer o conteúdo, como se pudéssemos eliminar da história algo que foi dito, só porque quem ouviu não tinha o direito de o fazer.

Como no chamado "caso Mário Crespo", em que aos relatos sobre os alegados insultos proferidos contra o jornalista num restaurante pelo primeiro-ministro, e em que alegadamente o director de informação da SIC foi aconselhado a resolver o problema que era Mário Crespo, o governo responde com assobios para o ar, e acusações a quem escuta conversas privadas tidas à mesa de um restaurante.
Nem uma palavra a negar que a conversa tenha realmente ocorrido e nos moldes relatados.
Será que, porque é "feio" ouvir as conversas dos outros, temos de esquecer que o governo alegadamente pressionou de forma inaceitável um órgão de comunicação social?!

E no caso das escutas do caso Apito Dourado? Eu, apesar de pela lei não ter direito de o fazer, ouvi as escutas que estavam disponibilizadas no You Tube. O facto de eu não ter o direito de as ouvir, faz com que aquelas conversas não tenham ocorrido?

É óbvio que não. Mas parece que apenas o que está nas provas aceites pelo tribunal é que é verdade, o resto são apenas calúnias...

2010-02-04

Última reunião de condominio ...

... como morador do prédio.
É sempre assim, agora que me vou embora é que despachámos a empresa que nos andava a chular, se endireitou as contas e se começou a fazer alguma coisa de jeito.

2010-02-02

O Mar de Ferro

Acabei há umas duas semanas este livro, e ainda não tinha tirado uns minutos para falar dele no Blog. Apesa de na realidade não haver muito a dizer.
Quando se chega ao oitavo livro de uma série (4º no formato original), as personagens são já quase da familia, e o que nos preocupa é somente qual será o seu destino, ou se terão alguma vez um destino ...
É que o autor desta fabulosa série, George RR Martin, está "preso" no próximo volume, cuja data de lançamento começou por ser o final de 2006, e ainda não saiu. Circulam rumores que apontam para Setembro deste ano como a data de lançamento ... vamos ver.

Entretanto, li também que já terminou a rodagem do episódio piloto da série de televisão da HBO, baseada nestes livros, o que pode ser um ponto positivo, mas não definitivo, na garantia que esta história tem um fim, e não fica pendurada a meio.

2010-01-31

Tudo de vento em popa!

O electricista só tem umas pontinhas para acabar, e entretanto o pintor já começou a trabalhar.
O quintal de trás já está a 90%, e já temos as lajes para fazer o pavimento para a garagem.
Até ao final de Fevereiro deve estar tudo pronto.
Previsão para a mudança, 1ª quinzena de Março!

2010-01-27

CREL

As toneladas de terra que invadiram a CREL estão a tornar a minha vida mais difícil e, acima de tudo, menos flexível.
Mas a verdade é que pensei que iria ser bem pior... tenho gasto em média mais 30 minutos por dia nas deslocações.

Ouvi dizer que a Câmara Municipal da Amadora está a pensar processar o dono dos terrenos para custear os trabalhos de limpeza.
Como sempre, o Zé Povinho que fica não se sabe quanto tempo prejudicado é que fica a ver navios... e que tal obrigar o senhor a pagar também as portagens daquele troço a toda a gente durante 6 meses para compensar os nossos transtornos? Eu acho que era justo!

2010-01-24

Semana agitada

Semana agitada, com a M. doente com o habitual da época e muita coisa a acontecer nas obras da casa nova.
Só hoje tenho um pouco de disponibilidade para escrever, mas ainda com as pernas cansadas de ter estado em pé o dia todo, ontem.

Às 8h25 já estávamos na casa nova para receber o electricista, e levando na carrinha algumas caixas cheias (as primeiras!) com livros (arrumámos 1 dos 6 móveis que temos no escritório, e encheu 7 caixas de plástico ... scary!).

Às 10h tivemos lá um marceneiro para fazer um orçamento para as prateleiras para o sótão ... porque não gostámos muito do orçamento do primeiro.

Às 11h fomos à loja de tintas para decidir as cores, com base nos tons que já tinhamos escolhido para algumas paredes.

Às 14h tivemos lá o pintor, para tomar nota das cores e das paredes a pintar, para poder fazer o orçamento.

Depois estivemos com o electricista a passar os cabos UTP para substituir todas as tomadas da antena de televisão por tomadas de telefone, e nalguns pontos passar dois cabos onde estava só um. Assim, quando instalarmos o MEO, vamos poder ter telefone em todas as divisões, internet por cabo em todas as divisões e os dois cabos de televisão, um na sala e outro na cozinha.

Com as ligeiras tréguas da chuva, as coisas começam a compor-se e vê-se o avanço das obras ... começo a creditar que é possivel celebrar lá o aniversário da M. a 14 de Abril.

2010-01-15

Vida boa e pacata (Proença-a-Nova II)

Quem nunca foi almoçar ao restaurante Milita na zona industrial de Proença-a-Nova, não pode dizer que sabe o que a relação preço/qualidade num restaurante. (In)felizmente só lá estive 3 dias, senão o aumento de peso seria inevitável.
E para além disso, os jantares foram sempre 5 estrelas, e até houve oportunidade para um chá num bar/galeria de arte.

O grupo da unidade de Proença-a-Nova tem 20 valores como anfitrião, e uma pessoa até pensa que se não fosse as saudades da familia que ficou em casa, não se importava nada de ficar a trabalhar e a viver ali por uns tempos.

2010-01-13

... de volta a casa! (Proença-a-Nova I)

Parti cheio de intenções de manter este blog actualizado diariamente com noticias de Proença, mas o tempo, o cansaço e a "má vida" (excelente, por sinal!) para onde me levaram, fizeram-me falhar redondamente.

Afinal houve neve, nada de especial, uns 10/15 cm, mas numa zona que não está preparada para lidar com a neve (retro-escavadoras não são limpa-neves, por muita boa vontade que se tenha!), é um pesadelo!
A A23 estava boa até ao desvio para Proença, o IC8 transitável a 40/50 Km/h se conseguissemos ir dentro dos trilhos abertos, tudo o resto foi em 1ª ou 2ª tentando seguir o rasto de outros pneus, com o carro a fugir à mínima passagem pela neve, e 1 Km a subir feito aos solavancos, com o carro a patinar na neve e a avançar só quando chegava ao alcatrão ... enfim, foi interessante mas dispenso repetições!

O resto foi muito bom ... mas fica para o próximo post :)

2010-01-10

Mala feita, tudo pronto ...

... amanhã às 7h00 parto rumo a Proença-a-Nova, aka Nova Deli.
Espero que a neve se mantenha afastada ... volto na 4ª feira, e não tenho o carro preparado para a neve.

2010-01-07

Já ouviram falar de pescadinhas-de-rabo-na-boca?

Vi hoje na televisão uma reportagem sobre assédio moral, e a forma como certos empresários pouco escrupulosos torturam os trabalhadores para os pressionar a sair, levando à depressão e, em casos extremos, até ao suicidio do trabalhador.

Tendo passado na minha vida laboral pela dolorosa experiência que é um downsizing de quase metade de uma empresa onde trabalhei há largos anos, lembro-me que na altura a empresa passava por muitas dificuldades e cada unidade foi informada de quantos trabalhadores teria de prescindir, e que os que ficassem enfrentariam alguns meses de salários em atraso antes de a situação começar a regularizar. Além disso, quem saisse teria de assinar um acordo em como apenas receberia a indemnização em parcelas e apenas dali a alguns meses. A alternativa era a empresa fechar as portas.
Eu saí sem pestanejar, mas houve quem tivesse recusado a assinar, e lembro-me de ter ouvido falar nalguns comportamentos por parte da direcção como a remoção do posto de trabalho do trabalhador, ou colocá-lo a trabalhar na copa do escritório como meio de pressão para assinar.

Desta experiência ficaram-me algumas perguntas, às quais fui obtendo respostas ao longo do tempo.

Porque é que um trabalhador se recusa a sair de uma empresa que obviamente já não está interessada nos seus serviços (ou não tem condições de os pagar)?
- Porque arranjar um novo emprego com condições semelhantes é muito dificil e existe um certo estigma sobre quem foi despedido, como se fosse um atestado de incompetência genérica.

Porque é que arranjar um novo emprego com condições semelhantes é muito dificil?
- Porque as empresas só contratam alguém novo após um lento processo de análise, selecção e entrevista, após terem a certeza que o novo trabalhador é essencial à empresa e que é a pessoa mais adequada para o cargo.

Porque é que as empresas são tão conservadoras e tão burocráticas no processo de contratação?
- As empresas tentam evitar fazer "erros de casting" para evitar ter de fazer despedimentos mais tarde. É sempre um processo muito doloroso para a empresa como um todo.

Porque é que um despedimento é um processo assim tão doloroso?
- Porque existe em Portugal um estigma sobre quem foi despedido, e os trabalhadores lutam com todas as suas forças para se agarrarem ao seu posto de trabalho, apesar de a empresa já não desejar os seus serviços, e como a legislação existente torna muito dificil fazer um despedimento, o processo arrasta-se durante anos.

Estão a ver, voltámos ao principio ... percebem onde está o rabo metido na boca? Onde temos de alterar para que as coisas melhorem? E quem tem a responsabilidade de o fazer?

2010-01-05

Contraluz

Há uns anos vi um filme em DVD chamado Sorte Nula. Tinha visto o trailer, o site na Internet e o vídeo da música dos Xutos que fazia parte da banda sonora, e houve qualquer coisa a nível visual e de estilo que me fez querer ver o filme.
Vi, e gostei. Aliás, apesar do nível de representação ser o habitual sofrível dos filmes portugueses e de a história ser complexa mas unidimensional, o filme tem um estilo, visual, dinâmica e originalidade nos cenários, na cinematografia e na ideia base da história, que me fizeram gostar bastante, e pensar que gostava de ver o realizador, Fernando Fragata, a fazer qualquer coisa menos condicionada pelo orçamento.
Finalmente o meu desejo vai realizar-se, e em breve vai estrear Contraluz ... pelo trailer parece-me que vou gostar outra vez ...

PS: A propósito de Xutos ... as melhoras para o grande Zé Pedro!